É noite, deito-a: queres o bebé?
Xim. Xim mamã. Xenta mamã xenta.
E sento-me aos pés da cama dela. Olho pela janela e acalma-me um pôr-do-sol que foge por entre os eucaliptos, que ao voarem devolvem um vento dourado num aroma fresco, limpo, leve, puro.
As palavras dela em fundo retribuem a paz que o vento nos segreda ali ás duas.
-Mamã, papá, avó, tiuuu, tiaaa, bé (a cadela), carrrrro, Noddy (inevitavelmente)...
E volta ao início.
-Mamã, papá, bó...
No fim uma melodia que nem sempre identifico, mas que a embala acabando por se entregar naquela ladainha, á sua noite.
O sol adormece com ela.
Na caminha dela. No quarto dela.
Na nossa casa.
Finalmente filha.
2 comentários:
É bonito!
Beijinhos! :-)
tudo a seu tempo porque nestas alturas o tempo é o nosso maior amigo e aliado.
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