Depois de uma semana que demorou a passar, vivendo cada minuto do dia intensamente, e esperando que viesse finalmente um outro sol, numa outra luz, sem chuva nem vento, sem cinzento para o encobrir, voltar o sorriso de quem não deixa que o tempo leve aquilo que mais se gosta.
É que o tempo é muitas vezes enganador, vi na passada semana vidas devastadas pela barreira intransponível e irremediável da morte, a quem foram negados a fonte do seu sonhar, o segredo do seu amar, a ternura de uma saudade que deixa quem nunca os quis largar.
Nesta saudade fica um caminho que perdeu o rumo, ficou irreconhecível, indecifrável, enegreceu o olhar de quem tão bem via o futuro.
Nesse futuro viviam o presente, e agora sem ele, terão de encontrar um novo caminho, por enquanto mesmo sem rumo, que virá...um dia, quando a dor da perda parar de as devorar, e apenas consumir o passado que permanecerá numa recordação eterna.
Foi nesta pressa de viver que vi desaparecer um colega.
Foi impensadamente aos 31.
Foi no limiar do seu sonho...
Foi num dia longo, interminável que me despedi dele, sem pressa.
1 comentário:
...por tudo isto que "vimos" acontecer assim tão depressa é que devemos viver um dia de cada vez, sem pressas, sem angustias, e com muito AMOR para partilhar com todos...
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