quarta-feira, 4 de maio de 2005

Novo mundo

Difícil imaginar que a filha irá começar a descobrir o mundo. Um mundo que ela nem imagina existir, de cores, tintas, sons, cheiros, ainda não explorados.
Aí crescerá dando-nos a certeza que deixará de ser só nossa.
Descobrirá que há mais gente pequena como ela, pronta a derrapar e espalhar as suas invenções e brincadeiras como ela, que até aqui, o fazia mas no recanto da sua casa, a seu próprio mando e tendo de o partilhar apenas pela cadela, que nem quer saber das novidades que ela denuncia a cada dia que passa.
Em casa sei que está segura, pode cair tempestade, pode o vento derrubar árvores, pode parecer um dilúvio lá fora, que ali sei que está segura.
Mas sei que aprenderá, que nas tempestades o melhor é ir brincar lá dentro, que se o vento derruba árvores, o melhor é esconder do que poderá vir, e a que a chuva...molha!
Mas tudo isto com quem para sempre partilhará o seu mundo...Amigos.

1 comentário:

P disse...

E aprenderá o valor do amor incondicional. E saberá valorizar os pequenos grandes tesouros, algures no fim dos arco-iris dos dias. E sorrirá olhando para quem a rodeia de tudo o que é essencial e invisivel ao olhar. E saberá que o caminho faz-se caminhando e que todos os dias são bons para fazer justiça à dádiva da vida. E sorrirá porque perceberá que, entre os dias bons e os outros, há sempre um farol de amor ao fundo e a sua luz guia-nos nas maiores tempestades. É o que eu acho. E quero lá estar para ver, e dar-lhe a mão também.