quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Longe de casa

Saudade de um sítio que possa chamar casa
Uma rotina que, sem darmos por isso, nos é tão querida
inigualável a outra qualquer vida
Segura de demonstrar quem somos
Num qualquer gesto que nos molda
tornando únicos os nossos sonhos

Os sons de sempre
Os silêncios que moldam um constante encanto
Os aromas que nos invadem diariamente
Os sonhos compartilhados, revelados em cada canto
Por entre o que nos é permanente

Saudade de um caminho que não é mais o meu
Que por tempos me pertenceu
Me acompanhava a cada instante
E me falava já dos seus momentos
Que eu encorajada pela lua transcrevia em palavra minhas,
Parecendo que a cada pedrinha me pertencia
Por uma rua que já não é a minha.

Na esperança de encontrar um novo caminho
Procuro alcançar por agora a paz
de quem acredita que sozinho
irá encontrar como certo a sua sina
algo que tanto precisamos, uma palavra tão vulgar como
Rotina.