quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Primeiro dia de aulas

Hoje faz 18 anos que tive o meu primeiro dia de aulas no Conservatório.
Lá fui eu de madrugada, apanhar o comboio, depois o mítico elevador da bica (mais tarde deixei-me disso) e depois finalmente percorrer o Bairro Alto até ao centenário edifício das artes.
Depois de dias e dias de manifestações, às quais nunca compareci, mas que preparei com todos os outros alunos, contra o facto de não abrirem a escola, lá chegou este dia 22 de Novembro, e que tive o meu primeiro contacto com todos aqueles colegas/amigos, que fariam para sempre parte de mim.
A primeira aula foi com a professora Miriam. Fatal e marcante. Foi quem me fez desaprender e detestar o francês. As aulas eram arrepiantes de estupidamente mal conduzidas. Tratava-nos como se mal conseguimos falar, nem conseguia compreender como criancinhas tão pequenas (9/10 anos) já andavam de comboio! Irreal.
Saudade fica da primeira imagem, sem juízos de valor, que fica de algo que nos marca para sempre.
Todos os anos que lá estive foi comemorado este dia...que agora relembro.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Que bela manhã

É absurda a forma como um comum humano, que da sua forma pacífica, calma, tranquila até, sonolenta, esperando um simples autocarro, se consegue transformar num animal irracional à caça do seu alimento e esfomeado, num grito de poder, utilizando a suas garras, ao querer chegar à sua presa, não deixando qualquer outro chegar-se perto. É absurdo como nos transformamos numa situação que de nada de assemelha a uma guerra, e nos vemos ali numa batalha em que as bombas somos nós, prestes a explodir. Se numa pequena contrariedade as pessoas parecem irracionais nas suas acções, se for por uma causa como a religiosa...deve ser fácil alguém se tornar uma besta!
É triste termos de lidar com estas situações, numa altura em que o tempo é cada vez menos, apesar das 24 horas.
É cansativo esperar mais de uma hora com o frio a arrepiar, o ar a gelar os dedos, e no fim aparecer um autocarro a cair de podre, que parece que na mais pequena subida se engasga e volta para trás sem contemplação, e finalmente chegar ao trabalho passadas 3 horas de sair de casa...!

E quinta-feira...outra vez!