terça-feira, 20 de setembro de 2005

Pais

Queremos o melhor para quem foi feito por nós,
Querendo proteger de tudo o que de mau os rodeiam
Deixando que a sua luta diária é muitas vezes vencida a sós
Sabendo que estamos sempre numa sombra, num apoio que anseiam.

Sente-se que aos poucos os nossos braços não são suficientes,
A vida tem muito mais que conhecer dos que estas mãos
Que apesar de os agarrar como ninguém,
Não permitem que voem, longe, arriscando o mundo
Aprendendo que o sonho os ajuda a ultrapassar o medo
que o sonho os permite alcançar vitórias, e nelas vencer todas as lutas que forem preciso ganhar, ou perder, dependendo do destino...
E que em todas as alternativas que a vida lhes dá
Lá estaremos nós
E nos nossos braços acabarão por se confortar, na tristeza
Embalar o próprio choro
Combater o ódio que nos transforma, sem querermos
Desmaiando num suspiro de cansaço
Abraçando a alegria de todas as vitórias,
E aproveitando, ao ouvindo respira-se a entrega.

Um amor verdadeiramente incondicional,
Que nos leva a duvidar de uma palavra menos terna
Não esquecendo que crescer, também é dor
De aprender a viver e de saber perdoar, e contendo a dor materna
Diz-se o que eles, por razões mais fortes, não entendem
Que estamos sempre aqui, num amor sem rancor,
Firmeza e rigor, sem esquecer que Pai e Mãe só é Amor.

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