sábado, 18 de junho de 2011

Às vezes bate uma certa tristeza que penso ter ainda a ver com a minha parte infantil de acreditar que mesmo com alguma maldade que nos rodeia, no dia-a-dia, ainda podemos ser felizes, e quando digo felizes só pode ser Muito felizes, porque só assim é que vale a pena a vida.
Estou a falar na verdade das pessoas, na realidade das palavras, na inocência dos olhares, mas descobrir a falsidade de um sorriso que serve apenas para nos avisar do perigo que esconde, da mentira no discurso que serviria para ajudar mas apenas nos deu um abanão até à personalidade. Uma personalidade que não quer ser alterada.
A parte infantil no fundo é parte de mim, sou eu, e eu continuo a acreditar nas pessoas, naquelas que vou descobrindo pelo caminho que de facto valem a pena. Chamo-lhe infantil talvez por ser a parte mais pura de mim, que ainda acredita que se pode ser feliz sem falsidade, sem fingimento, sem jogos, sem rasteiras ou truques… Ainda quero acreditar que podemos vencer sem ter de nos render a quem se deixa envolver por estas fracas mentalidades.
Não deixar de ser eu, essa é a meta em tudo o que faço, seja no trabalho, seja em casa, com a família, ou com os meus amigos.
Não deixar de ser eu nem quando temos de ocultar um pouco de nós, para não expor tudo o que sou, tudo o que é só meu e de quem me ama.
Não deixar de ser eu nem quando parecem querer arrastar-me para cenários que não construo, não crio, nem sequer acredito.
Sei que a tristeza passa, e eu vou continuar acreditar pureza e inocência das pessoas…nem que seja por pura infantilidade.

6 comentários:

Anónimo disse...

A vida é isso mesmo… o desafio diário de nos mantermos fiéis a nós mesmos e ainda assim respeitando os outros, ainda que na maior parte das vezes sejam seres totalmente opostos. Eu também quero manter-me criança, mas até o Peter Pan tem o Capitão Gancho. O meu maior desafio é manter-me fiel ao amor que tenho pela vida e nunca desistir de tentar entender o porquê de atitudes menos boas de quem me rodeia. Quero e acredito que todos nascemos inocentes, pelo caminho fomos corrompidos e eu quero entender e ajudar quem me rodeia a reconquistar essa inocência. Uma das atitudes que tento seguir na vida é a de um ditado Índio “ Nunca julgues ninguém, sem antes teres caminhado sobre os seus mocassins”. È difícil mas é possível, a única certeza que tenho na vida é que todos os dias são tempo para amar.

Assinado
EU

Rita Ribeiro disse...

EU, obrigada pelas tuas palavras, mas sabes que há mocassins que teimam em não nos servir...! Mas é como dizes um desafio diário, e viver é isso um dia de cada vez, e rodeados de uma família linda como tenho, e amigos assim...torna este caminho sempre melhor, sempre!
Bjinho

BENFICAHEXACAMPEÃO disse...

Existe no mundo seres humanos assim... puros... todos os seres humanos sabem isso...

Unknown disse...

Lindo esse texto e bem profundo.
Beijoss

Cliceli A.Kovalski disse...

Também acontece comigo, às vezes filosofamos legal se começarmos a pensar na maldade do mundo, e ser inocente às vezes parece ser anormal. Coisas.. sentimentos que vem e que passam. visite-me www.personalidadeinfiel.blogspot.com

Foxbain disse...

texto interessante, é sempre bom amar as pessoas. Respeitar, mas nunca confiar em demasia.